o sonho do sonho (e a sentença, já revelada).
acordei diversas vezes
em cinco camas de hotel diferentes.
na primeira, abracei um zumbi
que devorava um olho.
na segunda, mordi uma cenoura
chamuscada e elétrica.
na terceira, pressionei o travesseiro
contra a parede.
na quarta, não dormia.
na quinta, apaguei a luz e a reacendi
imitando os hábitos dos vagalumes.
só que no final, no escuro fiquei
sendo absorvido pelo buraco negro
zero gravidade
engolido pela escuridão finita
de uma multidão apressada.
fico abraçado e diluído
na água negra do pesadelo,
enquanto você nada em fina bruma
dançando com elfos, e beijando as caras
de centenas de vozes,
lugares e sonhos.
"é justo e é justo?", indaga o júri.
"não e não", o duende responde.
mas a sentença galopa
se desmancha em um milhão de covas
abismos de lava, piche e chorume
onde você há de mergulhar, um dia
e sorver a mesma água escura
no infinito da morte, que corre sombria.
em cinco camas de hotel diferentes.
na primeira, abracei um zumbi
que devorava um olho.
na segunda, mordi uma cenoura
chamuscada e elétrica.
na terceira, pressionei o travesseiro
contra a parede.
na quarta, não dormia.
na quinta, apaguei a luz e a reacendi
imitando os hábitos dos vagalumes.
só que no final, no escuro fiquei
sendo absorvido pelo buraco negro
zero gravidade
engolido pela escuridão finita
de uma multidão apressada.
fico abraçado e diluído
na água negra do pesadelo,
enquanto você nada em fina bruma
dançando com elfos, e beijando as caras
de centenas de vozes,
lugares e sonhos.
"é justo e é justo?", indaga o júri.
"não e não", o duende responde.
mas a sentença galopa
se desmancha em um milhão de covas
abismos de lava, piche e chorume
onde você há de mergulhar, um dia
e sorver a mesma água escura
no infinito da morte, que corre sombria.
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