meu relógio parou.
foi aí que ela me perguntou o porquê de tanta coisa ter dado tão errado em tão pouco tempo. e nesse momento que eu descobri: não era tão recente assim, o desfortúnio, o tédio profundo e sem remorsos, o sopro quente vindo da janela do quarto que ficava bem em frente ao sol do meio-dia, com as cortinas já desbotadas e uma camada marrom de fuligem. fazia na verdade tempo demais: um, três, dezoito, vinte e três anos que absolutamente nada crescia, nenhuma folhagem, musgo nenhum se atrevia a acarpetar o assoalho: é verdade, eu respondi a ela, como é possível uma coisa dessas. em tão pouco tempo!
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