terça-feira, 21 de novembro de 2017
domingo, 14 de maio de 2017
nada além de sangue
um sonho vale mais do que mil cabeças.
a sentinela da morte
à espreita, no meio da praça
ao lado do poste apagado
onde jaz meu livro.
na capa, o epitáfio anuncia:
"sempre ao seu lado, sempre ao seu lado".
mesmo derrotado, no meu coração
ainda nascem cravos por todos os lados
e também o espelho
o morcego com raiva
e a adaga, perfurando o centro.
sua sorte é que nenhum desses elementos
te traria de volta
pois apenas a morte cria,
e também indaga:
"do que o coração precisa além de sangue?"
a sentinela da morte
à espreita, no meio da praça
ao lado do poste apagado
onde jaz meu livro.
na capa, o epitáfio anuncia:
"sempre ao seu lado, sempre ao seu lado".
mesmo derrotado, no meu coração
ainda nascem cravos por todos os lados
e também o espelho
o morcego com raiva
e a adaga, perfurando o centro.
sua sorte é que nenhum desses elementos
te traria de volta
pois apenas a morte cria,
e também indaga:
"do que o coração precisa além de sangue?"
realizing stuff
I think of you and all the places you're visiting
the statues you're photographing
the sour candies you're tasting
and the endless sunsets you're staring at
with the head over someone else's shoulder.
then, suddenly, I think of myself
and the nothingness I have.
blind as a monster, I still crave for something
that it's not in you, or in anything else
and maybe that's why i'm still dying
a long and meaningless death
each and every day.
the statues you're photographing
the sour candies you're tasting
and the endless sunsets you're staring at
with the head over someone else's shoulder.
then, suddenly, I think of myself
and the nothingness I have.
blind as a monster, I still crave for something
that it's not in you, or in anything else
and maybe that's why i'm still dying
a long and meaningless death
each and every day.
cactus
a coberta, o salto, a luminária
tudo tem aspecto de velório.
na sua presença (e ausência)
a vida tem sabor de alga
colando no céu da boca:
é tristeza demais, que salga
envenena o cacto, incólume em seu vaso
cada espinho, um suspiro
cada gaveta, uma surpresa.
seu olhar espia, de mansinho
o sapo tagarela
a via colorida, salpicada de vinho
carregada nas costas do outro:
o amigo (ou vizinho?)
levando as lembranças
de uma fonte à outra, sem permanência
assombradas pela onda lisa
de mais um dia aflito, na sua ausência.
tudo tem aspecto de velório.
na sua presença (e ausência)
a vida tem sabor de alga
colando no céu da boca:
é tristeza demais, que salga
envenena o cacto, incólume em seu vaso
cada espinho, um suspiro
cada gaveta, uma surpresa.
seu olhar espia, de mansinho
o sapo tagarela
a via colorida, salpicada de vinho
carregada nas costas do outro:
o amigo (ou vizinho?)
levando as lembranças
de uma fonte à outra, sem permanência
assombradas pela onda lisa
de mais um dia aflito, na sua ausência.
why did you ask me?
when I was just arriving there
with a frozen tundra in the place of a heart
a whispering voice asked me:
"why'd you come here in the first place?"
and the answer was all over the rooftops
ceilings and skyscrapers:
"to be left alone, to be left alone".
with a frozen tundra in the place of a heart
a whispering voice asked me:
"why'd you come here in the first place?"
and the answer was all over the rooftops
ceilings and skyscrapers:
"to be left alone, to be left alone".
terça-feira, 18 de abril de 2017
sábado, 15 de abril de 2017
o sangue de cristo tem poder.
this presence, this force
is not much more than a simple choice.
a hanged man on the hill
ribbons and feathers decorating my place
"RIP" written in black neon letters
the grave in which you digged me
glows, and still hardly remains.
rivers flow under my skin
stopping all the waterfalls to tell me
you're still in the shadow
hidden by a tree.
floods shall come and stay
soaking my hands in tears
"come back to me", you said
crawling up my veins.
and suddenly i was doomed
drowned in acid, thick red blood
all over again.
is not much more than a simple choice.
a hanged man on the hill
ribbons and feathers decorating my place
"RIP" written in black neon letters
the grave in which you digged me
glows, and still hardly remains.
rivers flow under my skin
stopping all the waterfalls to tell me
you're still in the shadow
hidden by a tree.
floods shall come and stay
soaking my hands in tears
"come back to me", you said
crawling up my veins.
and suddenly i was doomed
drowned in acid, thick red blood
all over again.
um zero e dois pensamentos © 2013.
textos autorais de Felipe Fernandes. design: Diogo Machado.
um zero e dois pensamentos © 2013.
textos autorais de Felipe Fernandes. design: Diogo Machado.
textos autorais de Felipe Fernandes. design: Diogo Machado.